As coisas ainda não estão exatamente no lugar, mas isso não é motivo pra não começar - ou, no caso, dar continuidade - à vida. É como quando você se muda para uma nova casa: no início, fica tudo bagunçado, mas com o tempo, as coisas vão indo para seus devidos lugares (da caixa de cima para a caixa de baixo, da caixa da esquerda para... vocês entenderam).
Muito embora este ano não tenha sido exatamente prenhe de milagres e maravilhas, muita coisa curiosa aconteceu, como o nascimento das filhas de três grandes amigos (Betho-San, Wagner e André Farkatt, não exatamente nesta ordem) - que serão uma excelente companhia para meu futuro herdeiro -, saiu este bendito trabalho no Procon, o Wag conseguiu um tempinho para vir a Natal (muito embora a gente mal o tenha visto - ô agendazinha lotada, hein seu Wagner?!), muitas coisas curiosas acontecem em Brasília (e eu suspeito que pelo menos metade seja culpa de Pablo), ganhei um upgrade de memória, placa de vídeo e disco rígido o suficiente para ficar tranquilo por alguns meses e a galera me deu um GURPS 4a edição de presente (de vez em quando eu o folheio, as mãos revestidas de luvas cirúrgicas, só para sentir o cheirinho do papel).
Quando a gente olha o prospecto assim desta perspectiva, a coisa toda fica parecendo que não foi tão ruim assim. E acho que é por aí mesmo que a gente deve ver a vida. Quer dizer, não estou querendo dar uma de Pollyana, mas PQP, se a gente não olhar pro lado bom das coisas pelo menos de vez em quando, vai acabar começando a entender por que aqueles americanos malucos enfiam suas caminhonetes com tração nas quatro rodas por lanchonete adentro, brandindo armas automáticas com munição de ponta oca, até que a polícia chegue ou a munição acabe. O que vier primeiro.
Por outro lado, a UnP decidiu indeferir minha matrícula por não ter efetuado o pagamento da mesma no prazo. Infelizmente, eu tinha coisas mais urgentes a fazer naquele momento, mas deixa pra lá - se não der certo a minha última cartada, pelo menos vou ter um semestre livre de estudos para essa multitude de concursos públicos que pipocam na recente esperança nacional feito queimadura de segundo grau na pele de alemão de férias em Mossoró. Sinceramente? Dane-se. Eu não queria mesmo estudar este semestre naquela merda mesmo.
PUTA QUE O PARIU! ELES INDEFERIRAM MINHA MATRÍCULA!!!
Pronto, pronto, passou...
Mas voltando à vaca fria (expressão que nunca entendi e sempre usei): o tempo livre me permite exercitar as minhas humildes e nada apreciadas habilidades de torturar os colegas de humanidade com chistes caóticos, piadas incompreendidas e outros recursos literários que apenas os grandes mestres da literatura de cinco gerações no futuro serão capazes de compreender e apreciar.
Sinceramente? Eu estava sentindo falta.
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