30.8.11

Revival

Já se vão o quê, três, quatro anos? Não foi uma decisão fácil retornar ao meu hábito de juntar frases feitas com clichês cansados e criar posts que inesperadamente - por vezes - resultavam em um texto minimamente palatável. Não estou falando de literatura, claro, mas talvez de entretenimento.
Bom, ou pelo pelo menos por algo que se passe por isso.
Vamos ver no que dá...

5.6.07

Desmortos

Quando eu comecei a ler - por algum motivo - romances de fantasia, lá pelos meus quinze, dezesseis anos (porque até então era só FC hard na cabeça), eu notei uma inconsistência berrante nas traduções para o português - especificamente, a tradução do termo inglês undead como sendo "morto-vivo" ou "zumbi". Ora, morto-vivo é living dead, e zumbi é simplesmente zombie. Simples. E o undead, deveria ser desmorto - o que pouquíssimos tradutores grafam.

"Sim, Petras, mas o que danado isso tem a ver com esse blog?"

Bom, não é difícil de ver como a situação relativa às atualizações no blog está no mínimo, precária. Assim, eu resolvi declarar este Blog desmorto: nem vivo, nem funéreo.

Como o gato de Schrödinger.

Pelo menos até eu terminar a minha monografia ou Thales começar a digitar minhas memórias - o que vier primeiro.

15.2.07

Como eu dizia...

...quando fui tão brusca e rudemente interrompido - quando a vida lhe dá limões, desenvolva um processo de energia alternativa em moto-contínuo que é baseado na proteína única do suco de limão como combustível de um nanomotor.

Simples.

Não, na verdade não é tão simples. Aprendi que processos como a paternidade e dixar de fumar realmente afetam seu comportamento, e podem estar associados a memes de hipercontexto cultural - efetivamente, reprogramação comportamental. Por que para um ser humano amar profundamente outro que é gordo, pançudo, banguela, careca e que quando não está dormindo, está chorando para que lhe dêem comida ou troquem sua roupa suja (sim, ele faz diretamente na roupa), só pode ser por algum meio profundamente alterador da psique humana.

Já notaram como os filhotes - seja de que espécie for - são sempre bonitinhos, com grandes olhos brilhantes e proporções corporais engraçadas? Não, isso não se dá pela necessidade imperativa de caber em um ovo, ventre, bolsa marsupial ou seja lá o processo gestativo aludido - eles são daquele jeito para que nós, pais, os achemos tão bonitinhos que se torna impossível matá-los quando eles têm uma crise de cólica às três da manhã, quando você ainda nem sequer começou a ficar de ressaca das últimas dez noites mal-dormidas.

Sim, ser pai é algo fantástico e maravilhoso. Eu deveria acrescentar também as palavras assustador, nauseante e incitador de suicídio (ou de homicídio, mas isso também já depende da criança).

"Meus deus!" deverá pensar o leitor incauto, "o que este homem está fazendo na posição de pai? Ele deveria é estar no inferno, fazendo companhia a Jonathan Swift no mais profundo nível daqueles que execram a santa atividade que é ser pai."

Nada mais errado, caro (e incauto, não esqueçamos) leitor. Só gostaria de desmistificar algumas noções incorretas sobre a paternidade. Sim, os bebês são algo lindo e maravilhoso de se ver e de se ter, mas eles dão um trabalho miserável, e você precisa suar sete camisas por dia para poder cuidar de um (e isso sem falar no processo de fazer um. No meu caso, foram umas duzentas e dez camisas. Façam as contas, seus preguiçosos!).

E antes que alguém pegue tochas e forcados enquanto se dirige à minha residência, eu devo reiterar o propósito deste post: a percepção de que crianças - filhos, especificamente - são algo extremamente difícil de cuidar e fazer evoluir para forma de um adulto decente e sociável, aquele tipo de pessoa com quem você gostaria de ir ao cinema num sábado à tarde.

Mas você nem sente.

Tudo o que você percebe é uma tranquila euforia enquanto troca fraldas, dá a mamadeira, segura no braços durante aquela hora e meia de cólica e banha seu gracioso e delicado traseirinho devidamente recoberto do mais puro cocô (digno de um adulto frequentador de rodízios de feijoada). E se o desgraçado ri para você, nem que seja por meio segundo - ou mesmo se você achar que ele riu -, é uma explosão de serotonina tão grande que é capaz de deixar o pai ou mãe cegos de pura felicidade. E eu digo cego tanto no sentido figurado quanto literal.

Então apois: quase dois anos desde o último post, eu declaro este weblog ressuscitado.

27.9.05

...senta que lá vem a história

Acho que agora vou fazer que nem quadrinista de WebComic: postar contos em datas específicas. Ajuda a manter um ritmo e me dá uma obrigação extra na semana (como se fosse algo que me faltasse...).

No caso, vou terminar a série de contos de Shadowrun (tem mais uns quatro, se não me engano), postando dois contos por semana: um na terça e outro na sexta. Assim pelo menos o povo vai animado pro sábado.

"Hein? Como assim?", vocês devem estar se perguntando. Bom, é isso mesmo. Até eu fechar umas coisinhas com o Gabra sobre o crossover Elíhria/Brazihlia, a gente vai estar caindo de pau em Shadowrun, mas em versão ligeiramente Fudge, para facilitar as coisas. A adaptação já está pronta, basta eu ter tempo pra acertar pequenos detalhes (como os edges and flaws do SR Companion) e "traduzir" suas fichas para a nova versão. Ou vocês gostariam de refazer os personagens? Claro, mantendo os mesmos equipamentos, implantes e unienes... Mas permitindo um melhor refinamento (em um curto espaço de tempo) de seus shadowrunners.

Me avisem. Eu envio o guia de personagens, se for o caso.

 

 

P.S.: a escolha de Shadowrun NÃO tem nada a ver com o fato da minha amada e dileta esposa ter votado "sim" na hora de escolher se voltaríamos a ele ou não. Eu achei que uniria o útil ao agradável, já que preciso de um certo tempo para acertar a transição Elíhria/Brazihlia (em termos de regras e plots) com Gabriel e juntando a isso o fato de todo mundo ter ficado tão animado durante a última sessão (se bem que o salgadinho de soja sabor Cebola & Salsa podem ter tido culpa. Ainda lembro da Aadi gritando ao celular: "sua filha tá morta mesmo, rapá! Se quiser o corpo venha aqui pegar!" Por outro lado, o episódio do Batman com dublagem alternativa do Fernandinho Beira-Mar pode ter ajudado).

16.9.05

Uma dúvida

Essa é bem rápida.

Eu notei que o segundo conto de Shadowrun, Blaze of Fire não rendeu NENHUM comentário. Estava ruim assim, longo demais, ou vocês simplesmente tiveram preguiça de comentar?

Ou as três opções acima?

A questão é: eu tenho mais uns três ou quatro contos estrelando alguns arquétipos de SR, mas será que devo me dar ao trabalho de postá-los? Serão apenas um desperdício de watts e bytes?

Dúvidas, dúvidas...

...e o começo de outra

As coisas ainda não estão exatamente no lugar, mas isso não é motivo pra não começar - ou, no caso, dar continuidade - à vida. É como quando você se muda para uma nova casa: no início, fica tudo bagunçado, mas com o tempo, as coisas vão indo para seus devidos lugares (da caixa de cima para a caixa de baixo, da caixa da esquerda para... vocês entenderam).

Muito embora este ano não tenha sido exatamente prenhe de milagres e maravilhas, muita coisa curiosa aconteceu, como o nascimento das filhas de três grandes amigos (Betho-San, Wagner e André Farkatt, não exatamente nesta ordem) - que serão uma excelente companhia para meu futuro herdeiro -, saiu este bendito trabalho no Procon, o Wag conseguiu um tempinho para vir a Natal (muito embora a gente mal o tenha visto - ô agendazinha lotada, hein seu Wagner?!), muitas coisas curiosas acontecem em Brasília (e eu suspeito que pelo menos metade seja culpa de Pablo), ganhei um upgrade de memória, placa de vídeo e disco rígido o suficiente para ficar tranquilo por alguns meses e a galera me deu um GURPS 4a edição de presente (de vez em quando eu o folheio, as mãos revestidas de luvas cirúrgicas, só para sentir o cheirinho do papel).

Quando a gente olha o prospecto assim desta perspectiva, a coisa toda fica parecendo que não foi tão ruim assim. E acho que é por aí mesmo que a gente deve ver a vida. Quer dizer, não estou querendo dar uma de Pollyana, mas PQP, se a gente não olhar pro lado bom das coisas pelo menos de vez em quando, vai acabar começando a entender por que aqueles americanos malucos enfiam suas caminhonetes com tração nas quatro rodas por lanchonete adentro, brandindo armas automáticas com munição de ponta oca, até que a polícia chegue ou a munição acabe. O que vier primeiro.

Por outro lado, a UnP decidiu indeferir minha matrícula por não ter efetuado o pagamento da mesma no prazo. Infelizmente, eu tinha coisas mais urgentes a fazer naquele momento, mas deixa pra lá - se não der certo a minha última cartada, pelo menos vou ter um semestre livre de estudos para essa multitude de concursos públicos que pipocam na recente esperança nacional feito queimadura de segundo grau na pele de alemão de férias em Mossoró. Sinceramente? Dane-se. Eu não queria mesmo estudar este semestre naquela merda mesmo.

PUTA QUE O PARIU! ELES INDEFERIRAM MINHA MATRÍCULA!!!

Pronto, pronto, passou...

Mas voltando à vaca fria (expressão que nunca entendi e sempre usei): o tempo livre me permite exercitar as minhas humildes e nada apreciadas habilidades de torturar os colegas de humanidade com chistes caóticos, piadas incompreendidas e outros recursos literários que apenas os grandes mestres da literatura de cinco gerações no futuro serão capazes de compreender e apreciar.

Sinceramente? Eu estava sentindo falta.

30.5.05

O fim de uma era

Pois é, eu acabei indo assistir Vingança dos Sith e consegui não me decepcionar. O filme fecha direitinho a saga, com inúmeros ganchos para o Episódio IV e com uma boa dose de drama épico e ação desenfreada. a minha opinião geral é a de que George Lucas deveria ter pulado os episódios I e II e gastado toda a grana em um Episódio III de quatro horas de duração, contando toda a história de uma vez só.

Pelo menos não daria tempo de ver o Jar-Jar Binks por mais de dois minutos.

Brazihlia Versão 1.5 já está solta no mundo. Mandei via e-mail pro Wag, mas por algum motivo desconhecido da internet, o troço voltou com uma mensagem do E-Mailer Daemon dizendo que não deu pra entregar. Maravilha. Vou ver se coloco pra download em algum canto. Ou algum de vocês bem que poderia tentar enviar pro cara, né?

Ainda no RPG, estou também preparando um segundo (e até mesmo um terceiro, mas é beeem mais pra frente) jogo para os dias onde tivermos um quorum menor, ou sem um lugar muito adequado. É uma campanha de FC no sistema TWERPS - algo como um cruzamento de Star Trek com Mochileiro das Galáxias e uma grande incluência de Schlock Mercenary na temática.

Schlock Mercenary é uma webstrip sobre as aventuras e desventuras de um grupo de mercenários freelance no futuro distante. Com várias referências de FC, tanto em literatura quanto em cinema, quadrinhos e sabe deus mais o quê, é uma das minhas diversões favoritas quando não tenho nada pra fazer no Procon (o que, infelizmente, não é sempre. Aliás, quase nunca.).

Ultimamente tenho andado mais ocupado que assessor de ministro da fazenda em época de campanha presidencial. Entre o final do semestre (com inúmeros projetos práticos nas disciplinas de RadioJornalismo, Editoração Jornalística e Novas Tecnologias) e a criação de um website para o Procon (além de aplicativos web para os setores do atendimento, pesquisa e recursos humanos), não sobra muito tempo pra outras atividades mais elaboradas.

Mas espero poder atualizar o blog com mais frequência, já que meu tempo está começando a ficar - mesmo que ligeiramente - melhor organizado (ou pelo menos eu gosto de pensar assim).

Por último, se algum cristão de banda larga conseguir descolar pelos peer to peer da vida alguns módulos de Twerps (como Superdudes, Robopunk, Space Cadets e Rocket Rangers), eu ficarei extremamente agradecido, e posso dispensar até mesmo um "muito obrigado".

Até a próxima.