13.2.04

A insustentável leveza da idade

Anteontem fui fazer compras, e quem encontro, em pleno Nordestão: Ana Lúcia, velha colega da ETFRN, companheira de falar abobrinha e tomar martini rosé na boca da garrafa em viagem de campo...

afora os habituais "o que cê anda fazendo", e o redescobrir que realmente, existem amizades que o tempo não come e cospe o bagaço fora, o interessantes é quando você começa com os "e fulano, você tem visto?"

Tem um troço engraçado com amizades velhas que há muito você não vê, que a última vez que encontrou foi no final da adolescência e fica imaginando o que aquele ou aquela pessoa se tornou, o que fez da vida.

Eu digo isso porque tem um colega de classe da Ana, que andava com a gente, aquela criatura mais sem futuro da face da terra, tão imprestável que jamais iria ficar velho, porque nem o tempo se interessava por ele. Tem gente que você imagina: "esse daí, pelo menos, dá pra ser frentista de posto de gasolina no meio da BR-79".

Esse nosso amigo nem isso.

E aí ela me pega de surpresa: o desgraçado hoje é cantor de banda de forró de razoável sucesso nesses interiores da vida. Cantor de forró.

São momentos como esses que fazem com que eu não me sinta mais velho.

Muito embora eu não saiba bem o porquê.

Agradecimentos e toda aquela babação de ovo e rasgação de seda

Gente, eu queria agradecer pela presença amiga e carinhosa no meu blog (hmmm, não ficou legal), e espero que essa troca de energias continue sendo o must da nossa linda amizade!

Bom, agora que já esgotei meu lad Sailor Moon, deixa eu jogar um valeu aí pra galera que vem dando uma força, comparecendo no site e dando aquela presença!

Valeu mesmo. Quando a gente pensa que está na merda, que nada mais adianta, que não tem ficar pior, vem uma pessoa amiga e mostra que a gente estava errado, que tudo sempre pode ficar muito, mas muito pior.

Eu acho que é por isso que a gente só se vê aos sábados.

Nada tão estranho

Meninos e meninas, tem um filme chamado Nothing so Strange, cujo tema principal é um grupo de cidadãos americanos tentando descobrir a verdade sobre o assassinato de Bill Gates em 1999!

Aí, alguém se habilita?

12.2.04

Um elefante incomoda muita gente...

E eu que pensei que era o único com essas... proporções... Veja aqui e chore...

Aquelas merdas da vida...

A Maria Eduarda foi sepultada hoje. Nem tive coragem de ir ao enterro - odeio ver qualquer caixão menor que um metro de meio, que não contenha pelo menos sessenta quilos de marmanjo em seu interior, com vários anos muito bem-vividos de experiência, com seus dissabores e alegrias.

Falei com meu pai, que tinha mais novas do ocorrido: o troço é tão trágico que deveria ser grego.

A Maria Eduarda estava na casa do pai (os pais dela são separados), e atravessou correndo a garagem, provavelmente brincando ou perseguindo algum amigo imaginário, bem no momento em que o avô entrava com o carro de ré. Ela foi colhida pelo pára-choque e atirada contra a parede. Deu entrada no hospital já praticamente desenganada, lesão craniana profunda, sem chances, sem esperança.

Eu não sou o tipo de cara que quando acontece uma merda com alguém, ele fica se perguntando se não deveria mudar sua vida para não ter o mesmo fim, ou que não deveria achar sua vida uma merda, porque há outros em situação muito pior e não estão nem reclamando. Não senhor. Tá achando ruim, reclame, mude, fique na sua, sei lá. faça algo, nem que seja se dar o direito de não fazer coisíssima nenhuma.

Mas eu fico pensando nessas coisas. Há uns dezesseis anos atrás eu também perdi uma filha... E fico aqui na minha nostalgia de tristezas recordando e entendendo que a perda pode até te ensinar alguma coisa, pode te fazer uma pessoa melhor.

Mas é uma merda.

RPG, Jogadores de RPG e A Grande Conspiração de jogos de fantasia

Estava eu cofiando meu bigode (sim, agora eu posso fazer isso), quando me veio uma curiosa reflexão sobre a natureza dos nossos jogos. Quando começamos a jogar, há uns... Meu Deus, já se vão tantos anos? Quantos mesmo? Seriam... Não, impossível, pois isso me daria a idade de... impossível, absurdo, inominável!!!

Voltando ao post, após uma rápida crise de pré-meia-idade (o que me salvou da depressão total foi a consciência de que não estou tão velho, derrubado e fracassado assim, e que mais importante ainda, Misael vai chegar aos quarenta antes de mim!), eu lembro que nós jogávamos uma quantidade obscena de RPGs de Fantasia, em especial longas e indevassáveis campanhas, onde nossos personagens tinham tempo para gerar prole o suficiente para enchar um vilarejo de bom tamanho.

E jogávamos um bocado de one-shots. Ah, vocês lembram: aquelas aventuras curtinhas que duravam uma sessão ou menos. Bom. O fato é que toda sessão (nos últimos anos) que não fosse de fantasia (com exceção da Liga da Justiça Brasil, que durou uns dois anos), naufragava de maneira trágica e patética após duas ou três sessões.

Os jogadores deixavam de vir, se atrasavam mais que a segunda parcela do décimo-terceiro, ficavam desatentos durante a aventura (como no exemplo abaixo)...

Mestre: certo, e agora, Misael, o que seu personagem faz?
Misael: (lendo uma revista, distraído) Hein?
Mestre: O JOGO, Misael, O JOGO, o que seu personagem faz?
Misael: Ah, sim! Ele... Ele vai... Ele... Cadê minha ficha? (procura o diabo da ficha por vinte minutos até lembrar que estava dentro da revista que ele estava lendo) Pronto. Ele vai... Ele estava fazendo o quê, mesmo?
Mestre: (após contar até um googool e tomar duas jarras de Maracujina com valium 500mg) Ele estava subindo na escada de acesso para a câmara de descompressão.
Misael: Por quê?
Mestre: (sarcástico) É o que eu me pergunto às vezes, também...
Misael: (voltando a ler a revista) Hein?

Aí vem a pergunta: Vocês não curtem muito outros gêneros (fora fantasia), eu não sou bom de mestrar outros gêneros (fora fantasia), ou sei lá, é uma coisa de ocasião? Porque eu não tenho nada contra fantasia, tutto bene, curto muntcho, a campanha de Gea tá andando bem (minha mandíbula ainda dói só de lembrar da reação do personagem de Eduardo com a cesta de piquenique), mas às vezes eu gostaria de jogar outras coisas. nem que fosse no Play-By-EMail.

Sei lá, só um lance que,tipo, assim, pintou na minha cabeça, tá ligado?

11.2.04

Sobre sites, verdades, mentiras, RPG e sexo (não necessariamente nesta ordem)

Olha, para os que estão muito ansiosos (e eu sei que todos estão, claro, porque não? E a qualquer momento macacos podem sair voando do meu traseiro!) pelo site de Fuzion, mas eu queria avisar que ainda vai demorar uma semaninha.

O problema é encontrar um servidor que seja gratuito (ou que me pague para publicar o site), sem as abomináveis inserções de propaganda dentro da página e que tenha um servidor de FTP, porque ficar atualizando por página de upload não dá.

O site de PbEM de Jornada nas Estrelas vai precisar de ainda mais uma semana (depois dessa) para ficar pronto, porque eu estou com uma resistência filha da mãe para fazer algo mais complicado que leiautar e digitar... (desculpe, Misa...)

Bom, é isso.

S.P.O.N.G.E. - O mal que vem das estrelas

Não sei bem porquê, mas sempre que eu vou no site da S.P.O.N.G.E., eu me lembro do Yuri. Os caras são um grupo de detetives do oculto especializados em Cthulhu. Algo como se a turma do Scooby fosse feita de fãs do RPG Call of Cthullhu que esqueceram de tomar sua medicação durante umas duas semanas e tivessem, no lugar, tomado o top 5 dos alucinógenos mais poderosos conhecidos pela humanidade. Três vezes ao dia.

Tristeza não tem fim...

Puta merda! Bem que eu estava farejando desgraça. O dia de ontem e de hoje estavam relativamente calmos, tendo consumido do meu tempo longe do computador apenas os habituais carinhos à minha bem-amada esposa, uma completa reordenação da sala de estar (queira deus que nunca mais!) e o dia padrão de faxina doméstica.

Aí então meu pai me liga, para saber como vão as coisas, se ainda estou vivo, o de sempre. Óuquei.

Daí a cinco minutos ele me liga, contando a desgraça. Um acidente de automóvel tirou a vida da minha priminha mais nova, a Maria Eduarda. Filha da minha prima Mabele. Ela tinha o quê, um ano, um ano e meio? Puta merda.

Quer dizer, criança a gente espera que tenha uma sobrevida maior que a gente, que se gradue pelo menos até a adolescência pra ter a chance de morrer de overdose, de dirigir carro alcoolizado, de sei lá, qualquer coisa. Ter vivido algo, entende?

Contei pra Thatiane e ela quase tem um troço. Quer dizer, eu fiquei derrubado, fudido, mas ela não quer nem saber: chora mesmo, é o tipo de pessoa que sente a dor dos outros. Eu prefiro engolir em seco e levar adiante a vida. Não é muito salutar, mas fazer o quê?

Bom, basicamente era isso. Valeu pelo desabafo. Espero que a Maria Eduarda tenha mais sorte, tenha mais tempo da próxima vez.

Espero que ela tenha uma próxima vez

10.2.04

O laboratório de Dex... ops, Sam Barros

Eu encontrei esse site numa dessas noites insones onde você não tem bem certeza o que acabou de digitar no Yahoo. O boy é um verdeiro Dexter (ou Jimmy Nêutron? E quem se importa?).

Um de seus primeiros experimentos foi um canhão eletrotermal improvisado (um cano, uma bola de tênis, um pouco de hidrogênio e alguns outros componentes químicos), com o qual ele destroçou a porta do quarto de sua irmã por acidente, ou pelo menos é o que ele diz...

O nome dele é Sam Barros, graças a Deus ele não é o Renê, pois seu último experimento (esse aí da foto) é uma arma Gauss (aceleração eletromagnética)...

O poder do Lego

Lego é um negócio fantástico. Muito embora eu tenha sido mais um fã de Playmobil e outras tranqueiras pseudo-educativas, Lego é um troço que até hoje toca profundamente o coração e a memória nostálgica de muitos nerds. Tem uma cidade inteira na Holanda (a famosa Legoland) feita de lego, incluindo o pirata desta foto!! E tem o site desse cara, o JP´s Brown Serious Lego, onde, entre outras esquisitices, tem a pôrra de um robô feito de (obviamente) lego, capaz de resolver um cubo mágico!!!

Verdades não ditas

engraçado...

Eu me peguei agora pensando em o quê postar - para terminar o dia, antes de me deitar - e pensei em colocar alguma coisa que meus amigos (ou qualquer mané que acessar este blog) não saibam sobre mim.

Aí eu pensei: "Peraí! Tem realmente alguma coisa que valha a pena saber que alguém já não saiba sobre mim?"

E essa pergunta desencadeou outra: "As pessoas realmente me conhecem (imaginando, claro, que elas queiram me conhecer, o que hoje, em dia, sejamos francos e sinceros, não é muito comum)?"

Foi então que cheguei à trágica e chocante conclusão de que as pessoas ao meu redor não me conhecem muito bem. E eu, muito provavelmente comecei esta porcaria de blog como um dublê de psicanálise a custo de banana (que inclusive aumentou de preço!) e de revelação pessoal através da prolixidade internética.

Que maravilha...

Mas agora é tarde: Inês é morta, enterrada e já começa a feder - alguém, por favor me passa o Bom Ar?

Obrigado e boa noite.

O primeiro post a gente nunca esquece

óuquei, agora que o medo e a dor do primeiro post já passaram (o quê, vinte minutos já se foram?), eu posso avaliar a necessidade e a beleza dessa coisa toda. Vejamos: ao invés de estar jogando XIII, assistindo à meia-dúzia de filmes que peguei com o Java, ou mesmo terminando o site de Fuzion e procurando um servidor gratuito decente (já que o Kit.Net me apunhalou pelas costas), eu estou aqui, postando besteiras que ninguém em sua são consciência e com pelo menos dois neurônios trabalhando juntos vai se dar ao cabimento de ler!

Acho que este é o princípio de algo maravilhoso!

Meu primeiro post

óuquei... Meu primeiro post, às 03:10 da manhã (não, eu não estou nem aí se é horário de Brasília ou não. Moro em Natal - faça os cálculos), meio que morrendo de sono, mas meio que estimulado a começar alguma coisa para transformar em rotina. Porque, eu vou te contar, ultimamente rotina não é algo muito rotineiro em minha vida, exceto a hora de dormir (e pra falar a verdade, nem isso).

Enfim, este é meu primeiro post.

(ufa, acabou!)