Estava eu cofiando meu bigode (sim, agora eu posso fazer isso), quando me veio uma curiosa reflexão sobre a natureza dos nossos jogos. Quando começamos a jogar, há uns... Meu Deus, já se vão tantos anos? Quantos mesmo? Seriam... Não, impossível, pois isso me daria a idade de... impossível, absurdo, inominável!!!
Voltando ao post, após uma rápida crise de pré-meia-idade (o que me salvou da depressão total foi a consciência de que não estou tão velho, derrubado e fracassado assim, e que mais importante ainda, Misael vai chegar aos quarenta antes de mim!), eu lembro que nós jogávamos uma quantidade obscena de RPGs de Fantasia, em especial longas e indevassáveis campanhas, onde nossos personagens tinham tempo para gerar prole o suficiente para enchar um vilarejo de bom tamanho.
E jogávamos um bocado de one-shots. Ah, vocês lembram: aquelas aventuras curtinhas que duravam uma sessão ou menos. Bom. O fato é que toda sessão (nos últimos anos) que não fosse de fantasia (com exceção da Liga da Justiça Brasil, que durou uns dois anos), naufragava de maneira trágica e patética após duas ou três sessões.
Os jogadores deixavam de vir, se atrasavam mais que a segunda parcela do décimo-terceiro, ficavam desatentos durante a aventura (como no exemplo abaixo)...
Mestre: certo, e agora, Misael, o que seu personagem faz?
Misael: (lendo uma revista, distraído) Hein?
Mestre: O JOGO, Misael, O JOGO, o que seu personagem faz?
Misael: Ah, sim! Ele... Ele vai... Ele... Cadê minha ficha? (procura o diabo da ficha por vinte minutos até lembrar que estava dentro da revista que ele estava lendo) Pronto. Ele vai... Ele estava fazendo o quê, mesmo?
Mestre: (após contar até um googool e tomar duas jarras de Maracujina com valium 500mg) Ele estava subindo na escada de acesso para a câmara de descompressão.
Misael: Por quê?
Mestre: (sarcástico) É o que eu me pergunto às vezes, também...
Misael: (voltando a ler a revista) Hein?
Aí vem a pergunta: Vocês não curtem muito outros gêneros (fora fantasia), eu não sou bom de mestrar outros gêneros (fora fantasia), ou sei lá, é uma coisa de ocasião? Porque eu não tenho nada contra fantasia, tutto bene, curto muntcho, a campanha de Gea tá andando bem (minha mandíbula ainda dói só de lembrar da reação do personagem de Eduardo com a cesta de piquenique), mas às vezes eu gostaria de jogar outras coisas. nem que fosse no Play-By-EMail.
Sei lá, só um lance que,tipo, assim, pintou na minha cabeça, tá ligado?
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