11.2.04

Tristeza não tem fim...

Puta merda! Bem que eu estava farejando desgraça. O dia de ontem e de hoje estavam relativamente calmos, tendo consumido do meu tempo longe do computador apenas os habituais carinhos à minha bem-amada esposa, uma completa reordenação da sala de estar (queira deus que nunca mais!) e o dia padrão de faxina doméstica.

Aí então meu pai me liga, para saber como vão as coisas, se ainda estou vivo, o de sempre. Óuquei.

Daí a cinco minutos ele me liga, contando a desgraça. Um acidente de automóvel tirou a vida da minha priminha mais nova, a Maria Eduarda. Filha da minha prima Mabele. Ela tinha o quê, um ano, um ano e meio? Puta merda.

Quer dizer, criança a gente espera que tenha uma sobrevida maior que a gente, que se gradue pelo menos até a adolescência pra ter a chance de morrer de overdose, de dirigir carro alcoolizado, de sei lá, qualquer coisa. Ter vivido algo, entende?

Contei pra Thatiane e ela quase tem um troço. Quer dizer, eu fiquei derrubado, fudido, mas ela não quer nem saber: chora mesmo, é o tipo de pessoa que sente a dor dos outros. Eu prefiro engolir em seco e levar adiante a vida. Não é muito salutar, mas fazer o quê?

Bom, basicamente era isso. Valeu pelo desabafo. Espero que a Maria Eduarda tenha mais sorte, tenha mais tempo da próxima vez.

Espero que ela tenha uma próxima vez

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