10.3.04

Ulisses em Marte

Há um bom tempo atrás, na época em que a NASA mandou seu primeiro robozinho pelas planícies e canyons de Marte (acho que em 99), eu escrevi um poema em homenagem àquela pequena máquina que todo dia acordava ao som de ô coisinha tão bonitinha do pai... Ontem mesmo eu vi no site da NASA as peripécias de seu irmão mais novo, mandado há pouco tempo, e me lembrei do poema, que posto logo abaixo. Espero que o inglês de vocês ainda esteja bom das pernas...

Ulysses in Mars (dedicated to souljorner)

Postals from the solitude planet:
its sand cathedrals
Roam
through the dead wilderness
of shining scarlet.
Nothing there moves by itself
— even microbes, no less
than fossile memories
married with stone.

Fed by the sun,
tiny legtracks grow
large and leave
long clouds
of the world’s dry blood,
peaks and mountains watching
with timeless arrogance
the lonely walk
of the silver-shining toy
over plains so old that
even dinossaurs feel
like newborn children.

All that lasts is its
sun-driven curiosity
lead by a laser cane:
a blind robot-mice discovering
a leg of a world and dreaming
back home in words
that only machines
appeal.

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